|
Tu e a Segurança > Cuidado com armadilhas de propostas de emprego no estrangeiro, reconheça os riscos e garanta a sua própria segurança |
|
|
Cuidado com armadilhas de propostas de emprego no estrangeiro, reconheça os riscos e garanta a sua própria segurança |
|
|
Nos últimos meses, têm sido frequentes casos que envolvem cidadãos chineses que foram seduzidos para se deslocarem ao estrangeiro, onde são aliciados e por vezes forçados a envolverem-se em burlas com recurso às telecomunicações e à internet, tendo, com isso, despertado a atenção de todos os sectores sociais. Conforme os dados da Polícia Judiciária (PJ), desde Setembro de 2024 até ao presente, “caíram” na malha deste tipo de esquema cinco cidadãos residentes de Macau, quatro dos quais foram detidos localmente por participação criminosa, enquanto um conseguiu fugir e regressar a Macau em segurança. Identifique modus operandi para evitar ser vítima de burlas que têm como pretexto salários elevados, mas recorrem à coacção depois
A burla relacionada com ofertas de trabalho no exterior põe em perigo, de forma grave, a segurança das pessoas, sendo um crime extremamente grave, com as seguintes características às quais o público deve prestar muita atenção.
1. |
Os gangues de burla, com recurso às telecomunicações e à internet, oferecem geralmente empregos com salários elevados, prometendo, também, alimentação, alojamento, serviço de recolha, bilhetes de avião gratuitos, entre outros, tudo alegadamente gratuito. As vítimas são seduzidas com falsas promessas, enganadas e levadas para o estrangeiro onde, depois, são transferidas para centros dedicados à burla com recurso às telecomunicações e à internet e onde são forçadas a executar actos criminosos. De acordo com os dados, os jovens são o principal alvo dos gangues de burla. Entre as cinco vítimas referidas, a maioria estava desempregada ou não tinha emprego fixo, incluindo ainda um estudante. |
2. |
Os gangues criminosos aproveitam o desejo das vítimas por salários elevados e a urgência na procura de trabalho. Aproveitam-se, também, da inexperiência social e profissional dos jovens, criando esquemas que seduzem rapidamente os incautos, conseguindo assinalado sucesso nesse tipo de expedientes. Conforme o que foi apurado em sede de investigação policial, algumas vítimas sabiam de antemão que o seu trabalho poderia ser ilegal, mas, ignoraram os riscos e em busca de lucro fácil, cometeram crimes, acabado por serem sequestradas pelos gangues ou detidas pela Polícia no estrangeiro. |
3. |
Os gangues de burla encontram, em geral, na internet os seus alvos no estrangeiro. Depois de fazerem com que as vítimas caiam nas suas malhas, estas são forçadas a participar na prática dos crimes de burla com recurso às telecomunicações e à internet. Devido aos enormes lucros derivados destes actos ilegais, os gangues de burla não hesitam em pagar “generosamente” as despesas de viagem das vítimas para ganhar a sua confiança. |
4. |
Antes da deslocação ao estrangeiro, as vítimas raramente revelam os seus planos de viagem e os seus verdadeiros propósitos a outras pessoas, dificultando assim a detecção pelas suas famílias e a intervenção policial com antecedência. Quando as vítimas chegam ao estrangeiro, os seus telemóveis e documentos de viagem são confiscados, as suas liberdades pessoais e de comunicação são restringidas tornando-se difícil para elas procurarem ajuda. Quando os familiares e amigos não conseguem contactar a vítima e pedem ajuda junto da Polícia, por norma a vítima foi transferida para um local desconhecido, o que levanta grandes obstáculos à investigação e ao resgate.
|
Reforçar a divulgação e optimizar a execução da lei para prevenir ao máximo a queda em esquema de burlasPara evitar que o público seja vítima de esquemas fraudulentos sob pretexto de trabalho no exterior, a PJ realizou, em dezembro de 2024, uma conferência de imprensa especial para divulgar as informações mais recentes, e tem emitido alertas policiais de forma contínua. Através de plataformas online, meios de comunicação e canais de contacto com associações sociais e diversos sectores, a PJ divulgou amplamente essas informações, alertando toda a sociedade para reforçar a vigilância. Adicionalmente, recorrendo ao mecanismo da “Rede de Comunicação com as Escolas”, a PJ alertou as escolas, os pais, os encarregados de educação e os alunos para permanecerem atentos, melhorando de imediato o conteúdo educativo sobre prevenção de burlas, explicando técnicas de identificação e fazendo prevenção para evitar que os jovens sejam vítimas destes esquemas. Desde a divulgação pública, Macau não registou novos casos. No início de Janeiro, um residente, alertado pelo apelo da Polícia e preocupado que um seu familiar pudesse estar a ser vítima de um esquema de burla, tentou persuadi-lo, sem sucesso, e recorreu à Polícia. A PJ interveio de imediato na investigação, ajudando a vítima a identificar a burla e a desistir a tempo da viagem ao exterior. Este caso evidencia que, com o reforço abrangente das campanhas de sensibilização, a sociedade em geral registou um aumento significativo na vigilância, na capacidade de discernimento e na consciencialização para identificar e pedir ajuda face a este tipo de burlas. No âmbito do reforço da execução da lei, a PJ procedeu ao aprimoramento dos processos de recepção e tratamento de casos, com especial enfoque na experiência adquirida no ano passado ao garantir o regresso em segurança de uma vítima para Macau. A PJ continua também a optimizar os planos de acção de emergência, a intensificar a cooperação policial internacional e a investigar activamente casos de desaparecimentos no exterior, bem como continua a realizar eficazmente acções de alerta, a detectar proactivamente informações suspeitas na rede e a implementar múltiplas medidas para aumentar a eficiência na resposta, assegurando assim, maior protecção e segurança dos residentes.
Mantenha-se alerta e não se descuide para evitar ser utilizado para fins criminososAs burlas relacionadas com ofertas de trabalho no exterior são um tipo de crime que exige uma atenção redobrada e medidas preventivas por parte de toda a sociedade. Por este motivo, a Polícia apela, mais uma vez e de forma veemente, para que o público esteja atento ao seguinte:
1. |
Desconfie sempre quando encontrar online informações sobre ofertas de trabalho no exterior ou tenha convites de terceiros para tal. É fundamental verificar cuidadosamente se o conteúdo do trabalho é legal e se a empresa contratante ou o intermediário de emprego opera de forma legítima. Qualquer oferta de trabalho prometa “salários elevados com poucos requisitos” e exija trabalho no exterior é seguramente uma burla. |
2. |
As burlas com recurso às telecomunicações e à internet são consideradas crimes em qualquer lugar. Qualquer pessoa envolvida neste tipo de actividade, independentemente do papel que desempenhe, pode ser alvo de acção criminal. Não alimente a ilusão de que pode escapar à justiça e evite colocar-se em situação de ilegalidade. Em nenhuma circunstância deve prestar auxílio no recebimento ou transporte de fundos de origem desconhecida, nem ceder a sua conta bancária para movimentar dinheiro de procedência duvidosa, evite tornar-se num instrumento de actividades criminosas. |
3. |
Se amigos ou familiares forem trabalhar no exterior inopinadamente ou permanecerem no exterior por um longo período, deve ficar preocupado/a e tentar entender os seus motivos, além de os alertar para evitar que caiam no esquema fraudulento de “emprego maravilhoso”. Em qualquer caso suspeito, deve-se contactar a PJ através da linha aberta para a prevenção das burlas, n.º 8800 7777, ou através da linha aberta 993. |
Para combater eficazmente os crimes de burla com recurso às telecomunicações e à internet, é fundamental o envolvimento e a colaboração de toda a sociedade com a Polícia, a qual, continua a acompanhar de perto a evolução destes crimes. A Polícia coopera, sempre que necessário, com as forças policiais internacionais na realização de operações de investigação e repressão criminal, e continuará a divulgar informações actualizadas, para além de reforçar as campanhas de sensibilização contra a burla. Os cidadãos, por sua vez, devem estar atentos às últimas informações divulgadas pelas autoridades, aumentando a sua vigilância e preocupação activa, com a situação dos seus familiares e amigos. Perante algo suspeito ou anormal, devem alertar imediatamente os familiares e amigos ou pedir ajuda à Polícia. Com a união entre a Polícia e os cidadãos, podemos construir, em conjunto, uma rede de protecção eficaz contra a burla.
|
|
|