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Tu e a Segurança > Centro de Coordenação de Combate às Burlas 3.0, com capacidade tecnológica para elevar a eficácia na prevenção e combate ao crime, entrou em pleno funcionamento |
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Centro de Coordenação de Combate às Burlas 3.0, com capacidade tecnológica para elevar a eficácia na prevenção e combate ao crime, entrou em pleno funcionamento |
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Ao longo dos últimos anos, a burla com recurso às telecomunicações e a burla cibernética têm aumentado globalmente. Tal situação prejudica gravemente a segurança dos bens e os direitos e legítimos interesses da população pelo que, atribuindo grande importância a essa questão, a Polícia Judiciária (PJ) tem vindo a implementar medidas multifacetadas para prevenção e combate ao crime de forma continuada. Com o apoio e colaboração de serviços governamentais e de associações civis, o trabalho de combate à burla tem sido levado a cabo junto das comunidades e a consciencialização do público sobre a prevenção dos crimes de burla aumentou significativamente. Desde o ano passado, a tendência de aumento exponencial de casos relativos a crimes de burla foi efectivamente reprimida. Não obstante o que fica dito, o público ainda precisa de se manter atento à mudança constante dos esquemas fraudulentos. Por exemplo, ocorreu, no final de Abril deste ano, em Macau, o primeiro caso de burla com recurso à tecnologia da Inteligência Artificial (IA) “Deepfake”. Entre o início de Abril e meados de Maio, mais de cem pessoas foram enganadas por via de chamadas telefónicas fraudulentas, em que alguém personificava alegados representantes dos serviços de apoio ao cliente das plataformas de pagamento online. Com o aumento da sofisticação do modus operandi, o trabalho de combate à burla ainda enfrenta desafios de longo prazo. Para melhorar a sua capacidade de resposta, o “Grupo específico de combate à burla”, criado no segundo semestre de 2022, foi transformado, em Abril de 2023, em “Centro de Coordenação de Combate às Burlas” e, em Maio de 2025, o “Centro de Coordenação de Combate às Burlas 3.0” (doravante designado por Centro) entrou oficialmente em funcionamento. Este Centro funciona com recurso à tecnologia e aos dados, melhorando a eficácia do combate à burla através de quatro grandes zonas funcionais:
1. |
Zona de Comando de Situação: equipada com um grande painel de dados, exibem-se, em tempo real, as tendências dos casos de burla, os dados estatísticos, as características dos grupos das vítimas e a eficácia das medidas adoptadas para o combate à burla, materializando-se assim a concentração da gestão e a análise de dados. O pessoal do Centro pode aceder e consultar, de imediato, o conteúdo das consultas do público e as pistas dadas sobre as burlas, e combinar os dados para avaliar as situações mais recentes dos casos de burla. O sistema também recolhe as últimas informações sobre o combate à burla nas regiões vizinhas, permitindo que o pessoal do Centro possa combinar a função comparativa de dados de casos para emitir alertas oportunamente e ajustar a direcção da divulgação de informações. |
2. |
Zona Específica de Divulgação e Educação: nesta zona visa-se aumentar a consciencialização do público sobre o modus operandi na burla por meio de experiências interactivas e imersivas, incluindo uma experiência interactiva de “IA Deepfake”, em que é simulado o processo de mutação de rosto com recurso à tecnologia de “Deepfake” e o videochat com IA em tempo real. Também há uma demonstração de malware, que mostra como os criminosos se aproveitam dele para controlar e manipular o uso de telemóveis. Esta zona específica dispõe ainda de novos equipamentos promocionais para, nomeadamente, se aprender a utilizar o programa antiburla, se adquirirem de forma interactiva conhecimentos acerca da prevenção de burlas e são mostrados casos reais. |
3. |
Gabinete de Apoio da Linha Aberta Independente: O pessoal do Centro pode participar no atendimento de chamadas telefónicas do público para denúncia e consulta de informação, intervindo o mais rapidamente possível em casos de burlas para desenvolver o trabalho de recuperação de perdas e de investigação, assim como ajudar o público a identificar armadilhas fraudulentas. Em caso de ocorrência de casos graves, o Gabinete pode permitir que o banco envolvido envie um funcionário ao local para prestar apoio, por forma a acelerar o processo de bloqueio de pagamento. Actualmente, três bancos locais já confirmaram a sua colaboração com o Centro. |
4. |
Sala Multimédia: A Sala dispõe de equipamentos multimédia para filmagem e produção, visando acelerar o trabalho de divulgação de informações antiburla. |
O Centro encontra-se em pleno funcionamento, proporcionando condições mais favoráveis para que a PJ avance de forma profunda na implementação de um modelo integrado de prevenção, recuperação e combate contra os crimes de burla. Essas condições incluem, nomeadamente:
1. |
Criação de um novo espaço para a sensibilização sobre burlas: O Centro combina funções de visita e ensino. Face aos novos meios de burla, como uso de “Deepfake” da IA e instalação do malware Trojan em telemóveis, no espaço interactivo de sensibilização e experiência estão disponíveis equipamentos que permitem compreender o modus operandi e todo o processo desses tipos de burlas. Isso ajuda a reforçar a capacidade do público em prevenir crimes de alta tecnologia com IA, bem como novos crimes informáticos e cibernéticos. A PJ organizará gradualmente visitas ao Centro, tendo como destinatários, na primeira fase, os “Embaixadores antiburla”, 540 dos quais são oriundos das instituições de ensino superior e 33 de diversas empresas de jogo, que se pretende que melhorem as suas capacidades contra as burlas. Espera-se que esses “embaixadores” possam exercer influência nos seus ambientes escolares e de trabalho, contribuindo para a prevenção de novos tipos de burlas. |
2. |
Estabelecimento de uma nova plataforma de cooperação transfronteiriça: O Centro fortalece ainda mais a cooperação com entidades congéneres do exterior e, designadamente, continua a impulsionar projectos colaborativos contra burla com as autoridades de segurança pública do Interior da China, estabeleceu oficialmente um canal de cooperação com unidades de combate à burla de Hong Kong e de Singapura, aderiu ao mecanismo global de bloqueio de pagamento da Interpol “I-GRIP”, através do qual se permite a transmissão rápida de solicitações de suspensão entre 195 países e regiões, tomou parte no projecto “FRONTIER+” composto pelas unidades antiburla de 10 países e regiões, tendo participado na primeira operação conjunta realizada entre finais de Abril e finais de Maio, promovendo uma cooperação policial mais estreita para combater burlas transfronteiriças. |
3. |
Optimização de um novo modelo de análise de burlas: O Centro aumenta significativamente as capacidades de análise de informações sobre burlas e de identificação das características dos casos, fornecendo informações cruciais para que os departamentos de investigação de campo elaborem estratégias de combate. Por exemplo, em resposta aos casos que têm vindo a ocorrer frequentemente desde Abril deste ano, de burla telefónica em que é simulada a origem em serviços de atendimento ao cliente de plataformas de pagamento online, o Centro utilizou um grande painel para visualização de dados, combinados com informações recebidas por meio da linha aberta de consulta e da aplicação antiburla. Isso permitiu a agregação e análise eficiente de dados e a identificação precisa das características dessas burlas. Em resultado, os departamentos de investigação conseguiram desmantelar rapidamente dois esconderijos de criminosos localizados em residências, onde eram realizadas as chamadas fraudulentas. Após duas operações de repressão precisas, os casos desse género diminuíram quase a zero desde o final de Maio. |
Graças à actualização completa do Centro, a Polícia irá desenvolver acções ainda mais fortes e inovadoras para prevenir burlas e consolidar os resultados atingidos. Concomitantemente, o público deve continuar a aumentar a sua consciencialização sobre burlas e a assumir a responsabilidade principal de proteger a sua segurança patrimonial, prestar atenção de forma dinâmica às informações antiburla e transmiti-las aos familiares e amigos, promovendo assim a ideia “Uma pessoa alerta, beneficia toda a família”. A cooperação entre a polícia e os cidadãos é a chave para alcançar uma comunidade unida contra burlas.
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