57 podemos tomar consciência dos nossos mecanismos de defesa habituais, começamos pelo vértice superior esquerdo do triângulo, avançamos lentamente em direção à parte inferior do triângulo, sentimos a nossa emoção central: Perceber as suas próprias reacções físicas Muitas pessoas pensam que as emoções vêm diretamente do nosso pensamento e avaliação dos eventos. Na verdade, antes da formação do pensamento racional no córtex pré-frontal, o centro emocional da amígdala já tinha sido iniciado, activando o sistema nervoso sinestésico para mobilizar rapidamente os recursos do corpo para reagir. Por isso, as emoções são de facto “corporais”, quando estamos zangados, sentimos aperto abdominal, como se houvesse uma energia a querer sair do peito; e quando estamos tristes, sentimos um peso em nossos corações e ficamos sem energia em nossos corpos. Os sinais corporais são muito importantes para a percepção emocional, mas muitas vezes é negligenciada, pelo exercício seguinte, podemos colocar padrões de pensamento e pousar o “cérebro racional” de forma temporária para que o nosso corpo se concentre no que sentimos. Antes de começar, respira fundo três vezes, inspira quatro segundos cada vez, depois expira lentamente oito segundos, deixa-nos fazer uma tomografia corporal desde a cabeça até à ponta dos pés, preste atenção a cada parte do corpo, especialmente no coração e no estômago, parando em cada parte pelo menos dez segundos, permitindo que cada sensação no corpo se manifeste. Durante o processo, se houver sentimentos demasiado fortes que possam causar desconforto, podemos insistir um pouco, ajustar a respiração e manter a concentração, escrevendo três sensações corporais do momento: por exemplo: “Sinto que os meus ombros estão muito tensos.”, “Sinto como se houvesse um objecto pesado a pressionar o meu peito.”, “Sinto o ardor no estômago.” , etc.. Tomar consciência das suas emoções Depois de tomar consciência das sensações que o corpo está a experienciar, podemos focar a atenção nas emoções que acompanham essas sensações corporais, orientando as sensações de todas as partes do corpo para um diálogo connosco, sentir as emoções que o corpo está a tentar transmitir neste momento. O que os ombros apertados querem dizer é nervosismo, preocupação ou medo? A grande pressão no coração reflete depressão, tristeza ou culpa? Permanecemos em cada sentimento por 30 segundos, tentamos nomear esse sentimento com palavras exactas e evitamos os adjectivos genéricos como “feliz”, “infeliz”; ao mesmo tempo, devemos manter uma atitude aberta e curiosa, aceitando todas as emoções surgidas sem fazer comentários ou críticas e evitando anexar etiquetas de “deve”, “não deve”, “boa emoção”, “má emoção”, etc. Utilize as sensações corporais como pistas: Escreva sobre as três emoções que experimentam neste momento: “Sinto-me ansioso”, “Sinto-me reconfortado”, “Sintome desorientado”, etc. Perceber os seus próprios pensamentos Depois, podemos verificar as emoções, procurando a razão das emoções que estamos a vivenciar. Podemos interrogar-nos gentilmente sobre o que está a acontecer agora para provocar esta emoção? Por exemplo: “Estou zangado porque...” Podemos também prestar atenção aos nossos pensamentos emocionais, sentimo-nos confortáveis com estes sentimentos? Imagina o que a emoção te diz, o que é que ela vai dizer? Escreve três ideias sobre as emoções do momento, ou seja, os sentimentos: por exemplo: “Tenho medo de me sentir zangado”, “tenho vergonha de me sentir triste”, “compreendo as minhas preocupações”, etc. Conclusão A inteligência emocional é uma técnica que pode ser melhorada através da prática; e a auto-consciência é um acto de auto-aperfeiçoamento e um progresso constante que dura há muitos anos. Se olharmos para dentro com frequência, podemos distinguir as nossas sensações físicas, pensamentos, emoções e sentimentos, para que os sentimentos originalmente complexos, indescritíveis e desorganizados possam ser organizados. Ao mesmo tempo, vamos distanciar-nos das reacções emocionais habituais, observando o percurso das emoções de uma perspetiva mais macro, com vista a contornar a defesa e a supressão psicológica, a contactar com as emoções nucleares, a empurrar as emoções entupidas e a manter a fluidez emocional positiva. A real saúde mental é a auto-congruência (self-congruence). Quando os sentimentos internos coincidirem com os comportamentos externos e o indivíduo for honesto sobre o seu sentimento, este indivíduo aceita-se a si próprio, desenvolve as suas potencialidades, tem uma consciência clara e toma uma decisão adequada, alcançando um estado interior de paz, tranquilidade, clareza e suavidade. 心理輔導員Psicólogo : 王瀚林Wong Hon Lam (Kyle) 聯絡電話Telefone de contacto : 8866 9787 電郵地址Correio electrónico : HLWONG@fsm.gov.mo
RkJQdWJsaXNoZXIy MTk1OTI2