警訊134期 Revista da P.S.P. 134

51 心理輔導員Psicóloga : 蔡瑞珍Choi Soi Chan ( Doris ) 聯絡電話Telefone de contacto : 8866 9690 電郵地址Correio electrónico : scchoi@fsm.gov.mo III. Relacionamento entre membros da família Por vezes, quando os familiares do doente se vêem confrontados com o fardo de cuidar do doente e com a sua morte iminente, é inevitável que surjam conflitos ou reclamações entre os membros da família. Por exemplo, o cuidador tem de, temporariamente, deixar de lado a sua família, está física e mentalmente exausto devido à falta de sono ou por ter de cuidar do doente acamado (tal como, ajudar o doente a mudar de fraldas ou trocar de posicionamento) durante um longo período de tempo. Daí, acha que pode continuar a acompanhá-lo e a cuidar dele? E se não puder continuar a fazê-lo, quem é que vai cuidar do familiar doente que está à beira da morte? E se o próprio cuidador adoecer também, o doente sentirse-á concerteza ainda mais culpado e responsável por essa situação, por isso não tente tomar conta de tudo, mas procure a ajuda de outros familiares ou amigos. Se tiver muitos familiares, podem revezar-se para cuidar do doente, mas caso tenha poucos familiares ou amigos, pode deixar que sejam os profissionais de saúde a cuidar do doente. Lembre-se de se manter saudável, de ter tempo para descansar e de aceitar que não é perfeito, mas que já fez o seu melhor. IV. Planeamento adequado É também importante discutir os preparativos para o funeral enquanto o doente está consciente, por exemplo, quem coordenará o funeral? Como é que os outros familiares podem colaborar? Quais são os preparativos? Há alguma cerimónia especial que gostaria de organizar? Quer avisar os outros familiares e amigos? Qual fotografia que vai ser utilizada para o funeral (de alta resolução, não deve estar muito distante da aparência do doente). Que tipo de roupa pretenderá vestir? Vai receber donativos para o funeral? Em caso afirmativo, como serão distribuídos? Todo o processo esse visa ajudar o doente a concretizar o seu desejo para o funeral, permitindo que o doente e os familiares cheguem a um consenso baseado na vontade e grau de aceitação do doente, assim os familiares não precisarão de se sentir omissão ou arrependimento por ter esquecido de alguma coisa no futuro, reduzindo também as possíveis disputas entre os familiares quando discutirem os preparativos do funeral, trazendo assim a harmonia para a família. Cuidar e fazer companhia a um doente à beira de morte são uma prenda de amor que nos permite conhecer de perto o fim da vida, faz com que as pessoas aprendam a ser gratas e nos lembram que a vida é curta e que precisamos de fazer coisas significativas antes de morrer.

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