53 則身陷涅槃。」正念是一個過程,由靜觀到自我消融,與世界 合一無分彼此因而發起慈悲心,最後將這份慈悲心迴向予云云 眾生,此乃大乘。 很多人有所誤解,佛學並不是逃避消極的學說,亦不是深 山僧侶的專屬。「佛法在世間,不離世間覺。」佛學不是一種 抽象的哲學活動,而是在日常生活之中的實踐。作為普通大眾, 學習佛佗的道理不代表我們要出家和完全捨棄七情六慾,事實 上佛陀在成佛之前曾經歷六年的苦行修持,深感這並非覺悟之 道。因此佛學講求的是中庸,完全摒棄一切慾望或將內心寄託 於稍縱即逝的慾樂都不是正覺,唯有追求真正的、長久的、及 有益於自己、他人和社會的目標才有可能獲得真正的快樂。因 此,佛佗鼓勵人有良好的願景、和諧的家庭、良性的人際關係 和穩定的生活環境,這與現代心理學中維持良好的精神健康的 心理社會因素 (psychosocial factors) 是一致的。少欲知足,唯 有摒棄二元對立,才有證悟的可能。 No filme clássico “Matrix”, o líder do movimento de resistência Morpheus invadiu o sonho do protagonista principal, Neo, e deu-lhe dois comprimidos a escolher, um azul e outro vermelho. Morpheus diz a Neo que se escolher o comprimido azul, este esquecerá o encontro e continuará a viver no mundo da fantasia; se, em contrapartida, decidir escolher o comprimido vermelho, verá a verdade das coisas. Neo, depois de engolir o comprimido vermelho, apercebeu-se de que a humanidade estava presa num espaço denominado “Matrix”; os corpos na realidade estavam fechados numa cápsula, imersos num líquido viscoso e as cabeças de todas as pessoas ligadas a um aparelho complexo e sofisticado. Para a criação de uma realidade virtual, a autoridade dos robôs (Robot Overlord) estimula continuamente os cérebros das pessoas através desses aparelhos, fazendo com que as mesmas se convençam de que vivem no mundo real. Nesse exacto momento, Neo descobre que a vida real que levava era afinal uma construção fantasmagórica engendrada de forma minuciosa, em que cada um de nós é prisioneiro de percepções ilusórias, encarcerado nos nossos próprios pensamentos – esta é, em última instância, a verdade. No fundo, a questão da Verdade da vida já há milhares de anos havia sido explorada no Oriente. O Príncipe Siddhartha nasceu em 623 a.C., em Lumbini, Índia, e era filho do Rei Suddhodana que o amava desmedidamente por ter sido um pai tardio. Desde sempre, Siddhartha teve ao seu dipor, indumentárias elegantes, banquetes extravagantes, múltiplos meios de transporte e mulheres sedutoras. Todavia, Siddharta não era feliz, não se interessava pelos prazeres do mundo e aos vinte e nove anos de idade decidiu partir para desbravar o mundo fora do palácio. No caminho encontrou um idoso, um doente, um defunto e um ascético, que o fizeram perceber a existência do sofrimento humano. De regresso ao palácio, o sofrimento humano que testemunhou não se tinha dissipado do seu coração, antes, fazendo com que compreendesse que o sofrimento era inerente à vida humana, o mundo material era uma ilusão, a mundanidade não podia ser o caminho para a libertação do sofrimento, pois, mesmo que, tal como ele, todo o ser humano possuísse todos os prazeres materiais, ninguém jamais escapará ao ciclo de escravidão do nascimento, da velhice, da doença e da morte. Desta forma, decidiu resolutamente abandonar a mulher, o filho e as riquezas, despediu-se do palácio apenas com a roupa que tinha vestida e rumou ao caminho da espiritualidade. Ao longo de seis anos de vida errante, encontrou não só mestres espirituais, como também experimentou um ascetismo extremo de exposição à dor física, tendo-se, por fim, apercebido de que, no entanto, esses caminhos não o conduziam à iluminação. Siddhartha então decidiu viajar até Gaya, sentou-se a meditar em baixo da árvore Bodhi e resolveu não se levantar até alcançar a iluminação. Por fim, sete dias após uma meditação profunda e intensiva, Siddhartha despertou e compreendeu as nobres verdades, tendo pouco depois transmitido os seus ensinamentos a Shariputra e aos familiares próximos. Siddhartha passará a ser conhecido, para a posterioridade, como Buda ou Shakyamuni e os seus ensinamentos como Budismo. O Budismo explora a verdade absoluta da vida e a questão fundamental da vida humana – por que existo? O “por que” abarca duas dimensões: a primeira trata do motivo pelo qual existo, de onde venho e para onde vou. A segunda, leva-nos ao questionamento de “qual é a finalidade da minha existência?”, questão relacionada com o sentido da vida. É de notar que Buda era também um comum mortal. A filosofia budista ensina como alcançar a tranquilidade no meio da mundanidade, é no fundo uma prova de amor à humanidade. Todavia, a filosofia budista, coada pelos mosteiros e pelo engendramento de rituais, paulatinamente se tornou uma religião; ademais algumas pessoas descuraram das origens dos ensinamentos budistas e transformaram-nos em superstição. Com efeito, quando separamos alguns conceitos (como os da alma e da reencarnação), a filosofia budista encerra muitas teorias que actualmente podem ser provadas de forma empírica, designadamente na área da física, neurociência, biologia evolutiva e psicologia. A análise do Budismo sobre a saúde mental e a estrutura da consciência coincide com abordagens actuais da psicologia; Buda depois de atingir o nirvana, leccionava ao público que encontrava ao longo das suas viagens e atenuava o seu sofrimento com a fórmula budista de descodificação dos problemas emocionais, pois o Budismo tem muitas semelhanças com a psicoterapia actual – ambos almejam resolver os problemas no domínio emocional e de relações
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