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51 etc. no mundo gerado pela máquina, e não se consegui rá distinguir a realidade da ilusão simulada, a única condição é entrar na máquina e depois nunca mais poderá-se sair de lá; nesta situação, você escolheria entrar nessa máquina e passar o resto da sua vida lá? Da mesma forma, imagine uma pessoa que consume droga constantemente durante toda a sua vida, e está sempre submersa em uma sensação de alegria até morrer, você acha que esta é uma vida feliz? Na experiência mental acima referida, a maioria das pessoas se recusará a viver essa vida. Daí, pode-se ver que a alegria não é igual à felicidade. A alegria em si não tem necessariamente valor intrínseco, a procura constante da alegria irreal não é o caminho para ser feliz. Na verdade, o mecanismo psicológico humanos não pode manter emoções extremas, incluindo a alegria e a tristeza. Num estudo psicológico clássico, os pesquisadores compararam o nível de sentimento de alegria de três grupos de participantes no teste: os que ganharam recentemente prémios grandes na lotaria, os que ficaram paralisados por um acidente e as pessoas comuns que não t iveram nenhum acontecimento especial recentemente. Surpreendentemente, o resultado mostra que não há diferença significativa no nível de sentimento de alegria entre as pessoas que ganharam na lotaria recentemente e as pessoas comuns no presente e daqui a seis meses. O que também é inesperado é que, embora as pessoas que recentemente ficaram acidentalmente paral isadas sejam significativamente menos alegres no presente momento do que as pessoas comuns, não há diferença no seu nível de sentimento de alegria previsto seis meses depois. Os pesquisadores propuseram duas explicações possíveis para esse fenómeno psicológico: em primeiro lugar, depois de experimentar coisas muito positivas, a linha de base de alegria aumenta a partir de agora, e se a linha de base for elevada, tornará difícil que as pessoas sentirem alegres com as coisas pequenas na vida diária, como por exemplo, no passado, conviver com amigos ou comer comida boa num bom jantar é o suficiente para as pessoas sentirem alegres, mas depois de ganhar o prémio, essas experiências tornam-se insignificantes e não podem trazer mais sentimento de alegria. Da mesma forma, depois de vivenciar algum acontecimento muito negativo, a linha de base de alegria diminue e, a gente começa apreciar mais as coisas pequenas ao seu redor e daí se consegue sentir alegria para melhor recuperar as suas emoções. Em segundo lugar, as emoções extremas de alegria serão absorvidas e adaptadas, faz com que as pessoas não consigam sentir alegre de acordo com os estímulos externos, tal como os viciados em drogas precisam aumentar gradualmente a dose para manter o mesmo grau de excitação. Pode-se ver que a percepção da felicidade cessará, e a procura incessante da alegr ia não só não pode trazer felicidade, mas ao contrário, pode pagar um preço psicológico. Embora as emoções das pessoas oscilem, elas tendem para retornar naturalmente a um estado mais equi l ibrado, o que também corresponde ao fenómeno da regressão à média em estatística. Não há nada de novo sob o Sol, mesmo antes de haver evidências científicas, as pessoas antigas já tiveram visão sobre a relação entre manter a alegria do Meio e alcançar a felicidade. O chinês Lao Tze já apresentou o "retorno é o movimento do Caminho" há milhares de anos, o que significa que a mudança e o fluxo de todas as coisas no mundo começam com a interacção dos dois pólos das coisas. Portanto, enquanto se entende a natureza positiva das coisas, devemos também entende-se a natureza negativa das coisas, a alegria é uma espada de dois gumes, a imersão excessiva nela faz com que as pessoas ignorem o lado perigoso; a felicidade não é a satisfação do desejo sem fim, a ganância, por sua vez, erodirá o sentimento de fel icidade das pessoas. Lao Tze escreveu em "Tao De Jing" : " Não há delito maior do que estimar os desejos, não há calamidade maior em não saber se contentar, não há erro maior do que desejar possuir." Nenhum pecado no mundo é maior do que estimar os desejos e ficar insatisfeito! Esta passagem também reflete que o "Caminho" muitas vezes é contrário à aparência das coisas, a ganância viola o caminho do céu, faz com que as pessoas vão contra a tendência e serão imprudentes, destrói a paz e o conforto interior, de modo que as pessoas fiquem ansiosas e afastem gradualmente da felicidade. Na sociedade real, os jogadores patológicos e os dirigentes do governo corruptos estão presos no atoleiro da estrada da ganância, arrastados pelo desejo e não podem se libertar. Isto lembra-nos que a felicidade permanente não pode ser trocada por estimulação sensorial de curto prazo, por isso devemos “comer a comida saudável, vestir as roupas confortáveis, viver em moradia segura e respeitar os costumes”. Se sabemos valorizar a felicidade e viver o momento presente, podemos sentir a felicidade estável; nunca coloque a carroça na frente dos bois, nem esqueça que durante a procura da fecilidade, a felicidade está ao seu lado há muito tempo. Não é fáci l manter um coração calmo para at ingi r a felicidade, portanto são necessários a intervenção e o efeito do “raciocínio”. Há um ditado famoso de J. S. Mill: “É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito”. A distinção entre Humano e aves consiste na liberdade do homem de escolher o raciocínio. O homem não abandona a alegria humana e procura a alegria do animal. A razão pela qual a natureza humana transcende a do animal é porque o homem procura a alegria sem abdicar da sabedoria, da moralidade e da consciência. Como as pessoas não permanecem na satisfação das necessidades básicas, bem como não só consideram a quant idade mas também a qual idade, é que se abre a
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