警訊115期 Revista da P.S.P. 115

58 confuso, continua a efectuar diferentes exames médicos, submete-se a tratamentos ou vai ao encontro da medicina alternativa. A origem das doenças psicossomáticas tem duas partes, a fisiológica e a psicossocial: Factores fisiológicos: A. Fisiologia: quando os animais estão a ser provocados, a amina biogénica que inclui a adrenalina e a dopamina, fazem com que se fique atento e excitado; por outro lado, o outro tipo de amina biogénica chamado “serotonina” provoca uma reacção de fuga. O desequilíbrio do sistema nervoso autónomo constitui um dos factores fisiológicos comuns das doenças psicossomáticas. B. Sistema de secreção: estudos revelam que a cortisona, a adrenalina e a tiroxina sofrem alterações consoante o nível do estresse que os estímulos exteriores causam, destruindo o equilíbrio dinâmico do sistema de secreção, provocando depois o surgimento de doenças psicossomáticas. C. Sistema imunitário: associado à formação de anticorpos e à actividade dos gânglios linfáticos. O estresse psicossocial reduz a imunidade natural e aumenta o risco da contaminação de bactérias e viroses. F a c t o r e s p s i c o s s o c i a i s : em t e r mo s d a s características de personalidade, as pessoas nervosas, dependentes, sensíveis, perfeccionistas, controladoras e imaturas quando se deparam com perturbações emocionais ou sentem demasiado estresse, padecem facilmente de doenças psicossomáticas. Quando certos sintomas fisiológicos persistem no organismo por um determinado período, a pessoa sente-se desconfortável e inclusivamente pode afectar a sua vida quotidiana. Existem três formas de tratamento das doenças psicossomáticas: medicação, psicoterapia, apoio e suporte de pessoas próximas. Tratamento por medicação: o objectivo principal do tratamento de doenças psicossomáticas por via da As “doenças da civilização” podem atacar-me a mim, a si, à minha família, aos meus amigos e aos meus colegas; a razão principal reside no facto do ritmo da vida moderna ser acelerado, as pessoas estão constantemente a viver em modo standby para o combate, não sabem procurar vias de relaxamento para aliviar a sua negatividade, e assim uma enorme carga negativa se acumula no seu corpo. Quando a carga do estresse ultrapassa o limite do suportável, o cérebro adoece provocando perturbações emocionais e diversos sintomas em diferentes partes do organismo, com consequência gravosa na vida quotidiana e profissional das pessoas. A “doença da civilização” integra-se no rol das doenças psicossomáticas, estas derivam do estresse que ultrapassa o limite que uma pessoa é capaz de tolerar a nível físico e psicológico, nomeadamente as doenças provocadas pelo estresse psicológico e estresse social. As doenças psicossomáticas são abrangentes, podem surgir em diferentes sistemas fisiológicos, cujos sintomas mais comuns são: A. Circulação do sistema cardiovascular: doenças coronárias como angina de peito, hipoxia, arritmia, etc. B. Sistema respiratório: síndrome de hiperventilação e asma. C. Sistema digestivo: vómitos, úlcera gástrica, obesidade, anorexia nervosa, etc. D. Sistema imunitário: todos os tipos de reacções alérgicas, bem como as doenças auto-imunes. E. Doenças dermatológicas: psoríase, hiperidrose, urticária, etc. F. Sistema de secreção: diabetes, hipertireoidismo, hipotireoidismo, etc. G. Artrite reumatóide: múltiplos tipos de artrite. H. Dor crónica: enxaquecas, dor crónica nas costas. Com base em experiências anteriores, verificou- se que os que padecem de doenças psicossomáticas ao realizarem exames médicos frequentemente não conseguem encontrar a fonte da doença, mas continuam a sentir-se indispostos; muitas vezes o médico diz ao doente: “Os resultados do seu exame médico dizem que você não está doente!”, pelo que o doente fica

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