警訊117期 Revista da P.S.P. 117

47 divulgação, muitas informações não são precisas, as informações confusas aumentam mais uma vez o grau de ansiedade, formando um círculo vicioso. Além do impacto emocional pessoal, as medidas de isolamento também causam consequências psicológicas mais macrossociais. As mais óbvias são as perdas económicas directas e indirectas, a política de isolamento tem impedido a deslocação de muitas pessoas para o trabalho, e a epidemia também provocou uma depressão nos diversos sectores, muitas empresas se encontram sucessivamente fechadas ou a despedir os seus trabalhadores, aumentando a taxa de desemprego, a escassez de abastecimentos e as preocupações com as próprias finanças também constituem uma enorme pressão psicológica. Além disso, os impactos sociais mais ocultos incluem a discriminação e a rotulagem negativa, que são difundidos nos contextos sociais e locais de trabalho, em que os doentes e os suspeitos são rotulados como impuros, oprimidos, pecadores, perdendo a empatia e a confiança entre as pessoas, ainda pior é que, estes fenómenos se evoluíram para conflitos entre os Países, entre diferentes raças, e não é incomum que as pessoas dos determinados países foram expulsados e agredidos nos outros países por ter conhecido como país de infecção. No Japão, há mesmo um funcionário público que se suicidou por ter recebido cidadãos que regressaram das zonas afectadas e não conseguiu resistir à pressão social, o que mostra o enorme impacto psicológico resultante da discriminação e da rotulagem. No momento da redacção deste artigo, a epidemia ainda não está completamente controlada, o desenvolvimento da epidemia ainda está cheio de incertezas, mas o impacto da epidemia levada à saúde psicológica e as longas influências trazidas para as pessoas são previsíveis; ansiedade, medo, insónia, emoções negativas, doenças psicológicas, e até alguns problemas comportamentais derivados de inadequadas formas de enfrentar, como por exemplo o abuso de álcool e de drogas, o auto-isolamento vão aparecer sucessivamente na multidão, uma nova onda de tsunami de saúde mental está a ser formada. Portando, devemos tomar bem uma preparação em termo psicológico, neste momento difícil deve ainda bem cuidar a sua própria saúde mental, aprender os métodos para auto-cuidar: 1. Educação psicológica para si própria Nós apenas preocupamo-nos com o produto final da emoção, e ignoramos que na realidade a emoção tem um decurso – desde a percepção da sua existência até ao seu sentimento e, depois, passa por aceitação desta até à sua auto- regulação. No período da pandemia, em primeiro lugar nós temos de dar conta da nossa má emoção, que pode ser nervosismo, ansiedade, zanga, ou até mesmo sentir- se triste por não ter outra alternativa ou poder efectuar algo para alterar a situação. Há certas pessoas que estão constantemente desassossegadas e com medo, mas não sabem a razão deste sentimento, e passam despercebidos da sua ansiedade, andando todo o tempo perturbados e, assim, influenciando, também, a sua vida quotidiana. Daí que, o primeiro passo a dar para a gestão do stresse é estar consciente do seu sentimento emocional, identificar correctamente a sua emoção para resolver o seu problema. Seguidamente, temos de conhecer o nosso sentimento, uma vez que é habitual descriminarmos as más emoções e, quando estamos tristes, a primeira coisa que chega à consciência é livrar- se deste sentimento, no entanto, muitas vezes não dá certo, e o resultado não é o desejado. Na realidade, quando a má emoção surge, devemos ficar a observá-la ao longe, como se estivéssemos a regular a lente fotográfica para uma distância longe, nessa altura nós somos nós e a emoção é a emoção, podemos imaginar, também, que somos uma nuvem do céu, a observar um comboio que anda na terra ou uma ondulação do mar. Pois, a gravidade emocional fica assim mais fraca, e conseguimos naturalmente aceitar as nossas emoções, entendermos que a existência das emoções é um decurso natural, por exemplo: compreender que a ansiedade ou medo de contágio de doenças é um instinto do Homem, assim como, um mecanismo para a sobrevivência, e por isso não se deve temer demasiadamente e, até mesmo, não devemos “ficar comovidos” com a nossa “ansiedade”, uma vez compreendendo-se isto é que podemos ficar livres, assim como facilitar a tarefa seguinte, que é ajustar o nosso próprio sentimento emocional.

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