警訊115期 Revista da P.S.P. 115

59 翻譯:行政公職局 TRADUÇÃO: SAFP 心理輔導員 Psicólogo : 曾建文 Tsang Kin Man (Calvin) 聯絡電話 Telefone de contacto : 8799 7691 電郵地址 Correio electrónico : KMTsang@fsm.gov.mo medicação reside no facto de eliminar a causa biológica da doença. Por exemplo: os doentes que têm úlceras gástricas produzem mais ácido gástrico do que as pessoas comuns, assim ao tomarem antiácidos estes ajudam a proteger as paredes do estômago e evitar lesões graves. O segundo objectivo da medicação consiste em reduzir o desconforto físico e reforçar a confiança na recuperação. Tratamento por psicoterapia: para os doentes que padecem de doenças psicossomáticas, a psicoterapia é indispensável, pois é necessário saberem ajustar as suas reacções face ao estresse, a nível emocional, cognitivo e comportamental. O tratamento a nível comportamental também é muito importante, de seguida expliquemos os métodos de tratamento mais comuns. A. Prática de relaxamento: sugere-se a prática de acções e exercícios concretos para atenuar o desconforto físico e psicológico. Os exercícios mais comuns são a respiração abdominal (quando respiramos o abdómen enche, assim como os pulmões); o relaxamento muscular progressivo (ou seja, a transformação dos músculos através da alternância entre o estado de relaxamento e contracção, de modo a aumentar a sensação de relaxamento); a técnica de auto-sugestão (através de métodos como a hipnoterapia), etc. B. Tratamento cognitivo comportamental: através de conversas com o terapeuta é possível encontrar ideias automáticas disfuncionais e concertá-las. Por exemplo: os pensamentos automáticos associados à hipocondria, “se nos sentimos indispostos na zona do peito, pensamos logo que temos uma doença cardiovascular”. C. Terapia de biofeedback: interpretar os sinais fisiológicos e as reacções físicas como por exemplo, o batimento do coração, a temperatura dos dedos, a tensão muscular, etc., através do suporte de máquinas. Apoio e suporte de pessoas próximas: no caso das pessoas que sofrem de doenças psicossomáticas, o sofrimento não recai apenas no doente, pois as famílias também ficam preocupadas. A família ao ver a pessoa doente sofrendo dores físicas mesmo após a medicação, a pressão sentida é redobrada. Assim, a equipa médica deve explicar a importância do apoio e suporte de pessoas próximas do doente: A. Se o paciente depois de consultar vários especialistas e mesmo assim não conseguiu d e t e c t a r a f o n t e d o p r o b l ema f i s i o l ó g i c o , inclusivamente lhe foi recomendado consultar um psiquiatra, este deve escolher a terapêutica psiquiátrica como a principal. B. Quando há muito sofrimento, é necessário o acompanhamento dos familiares e ter expectativas razoáveis, este último ponto é particularmente importante. O acompanhamento e o diálogo não são meras sugestões para a cura da doença, na verdade basta um gesto afectuoso para que os sentimentos de solidão e de desconforto se atenuem. C. O facto do paciente e da família perceberem os factores que podem influenciar a origem da doença ou piorá-la, ajuda no tratamento do paciente e no estreitamento da relação entre o médico e o paciente. Por fim, propõem-se as 3 seguintes dicas para perceberem se têm a possibilidade de vir a sofrer de doenças psicossomáticas, talvez isto vos ajude a encontrar os médicos adequados: A. A doença está a espraiar-se para as diferentes partes do corpo, mas essa sensação é indescritível e abstracta, bem como após exames médicos não foi possível detectar o problema. B. Estejam atentos aos sintomas de cariz emocional, tais como: mau-humor, insónia, falta de apetite, etc. C. O estresse derivado de um acontecimento pessoal que se associa a um determinado sintoma físico, por exemplo: sempre que há exames fico com dor de cabeça ou diarreia.

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