警訊106期 Revista da P.S.P. 106

58 1. Criar hábito para relaxar o corpo, diariamente e a determinadas horas Não é nada fácil o relaxamento imediato para um corpo humano após um dia de actividade. Fazer diariamente e a determinadas horas exercícios de relaxamento contribui para reduzir a frequência cardíaca, tornar mais lenta a respiração, estabilizar a pressão sanguínea, relaxar os músculos, atenuar e aliviar as dores, eliminar as influências negativas que as pressões exercem sobre corpo humano, sendo o relaxamento respiratório um dos exercícios de relaxamento fáceis de fazer e não sujeitos a limitação espacial. O relaxamento respiratório, nomeadamente a respiração abdominal profunda, serve de base de muitos outros métodos de relaxamento e é de fácil execução: (1) Esteja deitado, sentado ou em pé, conforme se sentir mais cómodo, e mantenha o corpo direito. (2) Para começar, coloque uma mão no peito e outra no abdómen (quando já tiver apanhado jeito, as mãos podem ficar ao lado do corpo ou das pernas), fechando os olhos e relaxando o corpo. (3) Inale pelo nariz cerca de 4 segundos, vai sentir uma lenta extensão para fora das costelas e um movimento para baixo do diafragma; prenda a respiração por 1 segundo após a inspiração; exale lentamente pelo nariz ou boca em 4 segundos mas não contraia de propósito o abdómen, vai sentir diminuída a caixa do tórax e um lento movimento do diafragma para seu lugar original quando soltar o ar. (4) Concentre-se na respiração, mantendo seu ritmo estável. Conte de um a dez após cada respiração e repita a contagem quando poder, podendo ficar adormecido sem que tenha completado um ciclo de respiração, o que é aceitável. (5) Entretanto, tenha em atenção não inalar antes de soltar todo o ar, sob pena de tornar a troca de gases demasiado intensa e sentir tonturas. Num estudo desenvolvido há anos pela professora Karin Olson da faculdade de enfermagem da Universidade de Alberta, destinado a trabalhadores por turnos, atletas de corrida de longa distância, pacientes com cancro ou portadores de doença crónica, verifica-se um grau menos elevado da fadiga manifestada por pacientes com cancro, quando comparados com quem tenha trabalhado toda a semana, sendo muito próxima a fadiga verificada em trabalhadores por turnos e portadores de doença crónica. Karin Olson indicou no seu estudo diversos níveis do cansaço, considerando “cansaço” como estado em que as pessoas são capazes de se sentirem esquecidas e impacientes e sentirem fraqueza muscular ao levantarem coisas pesadas ou empregarem grande força, que pode ser aliviada pelo repouso. Em segundo lugar é a “fadiga”, manifestada por incapacidade de se concentrar, ansiedade, uma diminuição gradual na resistência, dificuldade em dormir e aumento da sensibilidade à luz, diminuição do desejo para compromissos sociais que consideravam importantes. O nível mais elevado é exaustão, estado em que se verificam transtornos do sono (insônia ou sonolência), confusão franca que se assemelha a delírio, dormência emocional, completa ausência social. Outro especialista classifica a “fadiga” em física e mental, apontando como origem da fadiga física a sobrecarga física, por exemplo, resultante do trabalho ininterrupto por turnos, ou da participação em competições desportivas de grande envergadura, podendo a energia ser restaurada pelo repouso suficiente. A fadiga mental implica a concentração, flutuação emocional, resistência ao stress, etc.. De facto, a “fadiga” é uma reação normal do corpo que nos alerta estarmos sobrecarregados, devendo-se, na sua maioria, à fadiga mental. Raramente existe fadiga meramente física, ou melhor, o tratamento para a fadiga corporal é a erradicação da fadiga mental. Eis alguns métodos para aliviar fadiga mental, nomeadamente:

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